BIO

Biografia

Aos 12 anos, criou sua primeira banda, Sondagem da Terra, com o músico e amigo Davi Moraes. Os ensaios aconteciam na casa do pai dele, o baiano Moraes Moreira.

Mais tarde, aos 18, entrou na banda de reggae Dread Lion, que lançou dois CD’s: “Porque não paz?” (1997) e “Já é” (2001), ambos com um repertório todo próprio. Nesse período, a banda excursionou por cidades do Brasil e se apresentou ao lado dos principais artistas do gênero como The Wailers, Pato Banton, Yellowman, Andrew Tosh e Maxi Priest, e em festivais nacionais de grande porte com Skol Beat, Coke Reggae Time, entre outros. “Oh! Chuva”, música de sua autoria e carro chefe da banda, contou com a participação de Geraldo Azevedo, e foi mais tarde regravada pelo grupo FalaMansa, se tornando um sucesso nacional.

Nesse período, Luis Carlinhos também era conhecido pelo grande público brasileiro como “Samambaia”, jogador de participações marcantes nos torneios Rock Gol da MTV.

Em 2004, criou junto com os seus parceiros Baia, Gabriel Moura e Rogê, o projeto 4 Cabeça. O show, de canções autorais em formato "voz e violão", passou por importantes palcos do país. Além de temporadas duradouras no Rio de Janeiro, em casas como Mistura Fina, Zozô e Miranda, shows no Circo Voador, Canecão, Fundição Progresso e Parque Garota de Ipanema. Em 2010, ano de lançamento do primeiro CD com 12 músicas no formato "voz e violão", o grupo saiu vencedor no 21º Prêmio da Música Brasileira, na categoria "Melhor Grupo de MPB". Na noite de entrega subiram ao palco do Theatro Municipal (RJ), junto com Maria Bethânia e Ney Matogrosso, vencedores em outras duas categorias da MPB.

Em 2005, fez a sua estreia solo com o CD “Rapa da Panela”, produzido em seu estúdio, o Cascudaria. Luis Carlinhos compôs 10 das 11 canções e reuniu um time de primeira linha, como Zé Nogueira (sax), Zé Paulo Becker (violão), Donatinho (teclados), Kiko Horta (sanfona), Paulo Calazans (pianos), João Viana (bateria), dentre outros. Além de ter sido mixado por Guliherme Reis e Enrico de Paoli. O CD foi indicado na categoria “Melhor Disco de MPB” no Prêmio Claro de Música Independente de 2006.

Ao lado das atrizes Heloisa Perissé. e Ingrid Guimarães ficou oito anos em cartaz com a peça sucesso de bilheteria Cócegas. Participação especial como músico/ator, que acompanhou a trupe em turnês por todo o Brasil e ainda em Portugal (Lisboa). Em 2012 formou-se em Artes Cênicas na PUC-RJ.

Em junho de 2009, lançou seu segundo CD, Muda, que veio com uma sonoridade bastante particular, em parte pela presença da guitarra barítono do Walter Villaça, da percussão de Siri, que ainda trouxe efeitos sonoros tirados da água com uso de panelas e escorredores e Sacha Amback, com o teclado e suas texturas, deu um leve tom eletrônico e aveludou os elementos como um todo. Seus parceiros André Gardel, Gabriel Pondé, Baia e João Suplicy, somaram nas composições.

Em 2011 montou o Meu Show dos Outros, um show/evento que aconteceu por dois anos seguidos, na Gávea, no Rio de Janeiro. Na companhia do percussionista João Hermeto abria o palco, mais tarde intitulado “O menor palco do mundo”, para que outros músicos, pintores, poetas, atores, escritores fizessem suas performances. Recebeu mais de 200 convidados, como Moraes Moreira, Geraldo Azevedo, Edu Krieger, Rodrigo Maranhão, Gabriel Moura, Rogê, Anna Ratto, Julia Vargas, Davi Moraes, Alice Caymmi, Carlos Malta, Bebe Kramer, Ricardo Leão, Baia, Zé Canuto, Chico Chagas, Marcelo Caldi, Vinicius Castro, Ivan Zigg, etc.

Em 2012, criou um grupo de pesquisa ao lado da atriz Carol Machado, da diretora Marcela Andrade e de mais três atores. Juntos, montaram o espetáculo teatral “Casa 27”, baseado no romance “Canibais: os crimes da Rua do Arvoredo”, do escritor gaúcho David Coimbra. O grupo se apresentou por um mês no Teatro Solar de Botafogo. Além de atuar, Luis Carlinhos compôs a trilha original.

Completando 20 anos de carreira, em 2013, depois de cinco CDs em estúdio, incluindo o premiado 4 Cabeça, era a hora de registrar o calor do palco. Lançou o CD e DVD “Gentes - 20 Anos ao Vivo” com a banda formada por João Hermeto (bateria e percussão), João Gaspar (guitarra) e Maurício Oliveira (baixo). No repertório músicas dos Dread Lion, dos seus CDs solos, “Muda” e “Rapa da Panela”, além de três inéditas. E ainda o “Aramis”, um solo narrativo, teatral, que conta a história do seu cavalo de infância. “Gentes 20 Anos ao Vivo” foi financiado coletivamente, com o público do artista participando no site Embolacha, e distribuído pela Sony Music.

Após o lançamento oficial, no Teatro Oi Futuro Ipanema (RJ) com três noites de casa cheia, Luis Carlinhos fechou o ano de 2013 com chave de ouro, se apresentando pela primeira vez no Reveillon de Copacabana, no Palco 2, para uma platéia de 50 mil pessoas.

Em 2014 apresentou o show “Gentes 20 a nos ao vivo” em várias cidades do Brasil. Nesse mesmo ano, por 20 dias excursionou pela Europa com o show de “voz + violão” por cidades como Dublin, Milão e Matera, convidado pelos festivais de música Youbloom e Espírito Mundo.

Em junho de 2015, Luis Carlinhos iniciou uma parceria com a Colchões Ortobom e a Secretaria de Cultura do Estada do Rio de Janeiro para uma turnê final do DVD “Gentes 20 anos ao vivo”. O show passou pelo Teatro Municipal de Niterói (RJ) onde foi inteiro traduzido em Libras para um público de deficientes auditivos, Tom Jazz (SP) e Miranda (RJ). Além dessas três apresentações, Luis Carlinhos levou o Aramis e seu pocket show para centros culturais como o Afroreggae (RJ) e o Centro Municipal de Referência da Música Carioca, na Tijuca.

Em 2016, ano em que se tornou pai, Luis Carlinhos grava um álbum em homenagem à Bob Marley. Mergulhar na obra do cantor e compositor jamaicana, sua maior influência, pós pouco mais de 20 anos de carreira, originou um álbum surpreendente. Músicas como Rock it Baby, Natural Mystic, Waiting in vain, entre outras, vem com arranjos autênticos, mas que dialogam com os elementos clássicos das versões originais. Três lindas flores é o título para Three Little Birds, a única cantada em português, feita com o letrista e parceiro de outras composições Cláudio Henrique. Com uma sonoridade bastante acústica, o álbum tem participações de nomes como Marcos Suzano, Davi Moraes, Silvia Machete, Alexandre Carlo (Natiruts), Marcelo Caldi, João Viana (coprodutor do projeto em estúdio), entre outros.

Luis Carlinhos é curador e produtor do projeto Intervalo Cultural na PUC-RJ, projeto mensal de shows que acontece no Anfiteatro Junito Brandão. Além de curador, ele apresenta e entrevista as atrações musicais. Nomes como Frejat, Ana Canãs, Alice Caymmi, Silvia Machete, Edu Krieger, Brothers of Brazil, Rodrigo Maranhão, entre vários outros, se apresentaram por lá. Em 2015 o projeto comemorou 10 anos com uma programação especial e teve o cantor e compositor João Bosco como um dos participantes.

Luis Carlinhos, além de músico, é formado em Ciências Sociais (2002), Artes Cênicas (2012), ambas pela PUC-Rio, e é um dos sócios da Vamos Produções, produtora de conteúdo audiovisual especializada em branded content.